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6 terapias alternativas que prometem melhorar a energia

Conheça como cada uma trabalha com a nossa energia, e o que fazer para aumentar o ânimo em casa

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 8 jul 2020, 09h00
 (MagicBowls/Pexels)
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As terapias alternativas são práticas terapêuticas que as pessoas usam para complementar os tratamentos de saúde tradicionais. Seus seguidores afirmam que elas podem trazer benefícios para o corpo, mente e estado emocional — tudo o que a gente precisa neste momento, não é mesmo?

Chamadas de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 29 tipos já são reconhecidos e disponibilizados gratuitamente no sistema. Entre eles, estão reiki, meditação, quiropraxia e yoga. Mas a lista é muito mais extensa:

6 terapias alternativas que prometem melhorar a energia

  • Acupuntura;
  • Homeopatia;
  • Fitoterapia;
  • Antroposofia;
  • Yoga
  • Arteterapia;
  • Ayurveda;
  • Biodança;
  • Dança circular;
  • Meditação;
  • Musicoterapia;
  • Naturoterapia;
  • Osteopatia;
  • Quiropraxia;
  • Reflexoterapia;
  • Reiki;
  • Shantala;
  • Apiterapia;
  • Terapia comunitária integrativa;
  • Termalismo/Crenoterapia;
  • Aromaterapia;
  • Bioenergética;
  • Constelação familiar;
  • Cromoterapia;
  • Geoterapia;
  • Hipnoterapia;
  • Imposição de mãos;
  • Ozonioterapia;
  • Terapia de Florais.

Algumas delas têm como objetivo melhorar o fluxo de energia pelo corpo e, desse modo, dosar a produção e distribuição de ânimo e vitalidade ao longo do dia de modo mais igual. O que pode ser uma boa pedida para quem tem sentido que a falta de motivação é um grande problema da quarentena. Afinal, se praticadas corretamente e com a ajuda de um profissional especializado, as contraindicações quase zeram. Então por que não conhecer melhor?

Acupuntura

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USA, New York, New York City (Getty/Getty Images)

Respostas do médico Luciano Curuci, especialista em acupuntura do CMAeSP.

  • O que é?

Acupuntura é uma especialidade médica reconhecida no Brasil pelo CFM e AMB desde 1995. Tem sua origem há cerca de 5000 anos, fazendo parte da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) junto com a fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa e práticas corporais e de meditação, propiciando um bem-estar ao paciente e prevenindo doenças por meio do equilíbrio físico e mental.”

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  • Como ela é feita?

“Em uma primeira consulta, o médico acupunturista realiza a anamnese [entrevista inicial] e exame físico do paciente, e se necessário solicita exames complementares. Ao chegar a um diagnóstico da patologia, começam as sessões semanais de tratamento por acupuntura. Em cada sessão, agulhas específicas e descartáveis são inseridas em pontos previamente determinados e escolhidos pelo médico. O número de agulhas em cada sessão pode variar conforme cada tratamento e o tempo médio dura de 20 a 30 minutos.”

  • Como ela pode melhorar nossa energia? 

“Os principais benefícios da acupuntura são em relação a tratamento de patologias dolorosas, sejam elas agudas ou crônicas. As principais indicações são em cefaleias, dores lombares, dores pélvicas crônicas, artralgias, cólicas menstruais e fibromialgia. Mas ela também pode ser benéfica em casos de patologias de origem mental e emocional como a ansiedade, o estresse e a depressão.

A teoria da acupuntura baseia-se em descrições antigas de observação, para isso determinaram a teoria Yin-Yang e a Teoria dos 5 elementos (água, terra, fogo, madeira e metal) para explicar a busca pelo equilíbrio e o livre fluxo de energia (Qi).

Com o avanço da medicina, podemos traduzir esta forma de pensamento para o fluxo sanguíneo que irriga todo o nosso corpo e também os impulsos nervosos que levam os estímulos periféricos ao Sistema Nervoso Central (SNC), além do mecanismo de feedback hormonal.”

Terapia de florais

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(Karolina Grabowska/Pexels)

Respostas de Joel Aleixo, alquimista floral e diretor da AlkhemyLab.

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  • O que é?

“A origem da terapia de florais se confunde com a origem da fitoterapia. Isso porque a fitoterapia chinesa contém escritos antigos de até 3500 anos a.C em que já se fala da técnica de utilizar os extratos das flores para diversos tratamentos. Contudo, foi no século passado que o inglês Bach popularizou os benefícios dos florais.”

  • Como ela é feita?

Os extratos das flores são diluídos em soluções contendo o brandy (conhaque) ou álcool e devem ser administrados via oral, com algumas gotas de tempos em tempos. “A flor é colhida e submetida a uma técnica da alquimia muito antiga. Geralmente a gente recomenda no café da manhã, almoço janta, ou ao acordar e ao deitar. Depende da necessidade do paciente.”

  • Quais seus benefícios?

“Os benefícios dos florais são muito particulares. A alquimia tem a ver com a base do Ser, com equilibrar a sua estrutura interna. E consequentemente ter um melhor contato com si próprio — o autoconhecimento das potencialidades e eventuais dificuldades. Então a gente percebe que uma indicação para diminuir a ansiedade, por exemplo, pode ter efeitos muito diferentes nos indivíduos. É por isso que os florais têm que ser indicados analisando caso a caso.”

  • Como ela pode melhorar a questão da energia? 

“Tudo é energia. Desde nós até a plantinha. Só que cada energia tem a sua frequência e vibração — o chamado movimento. Existem movimentos de expansão, contração, de aceleração, retardo, para cima, para baixo…

E assim como nós, as flores também possuem suas particularidades. Algumas são mais retraídas, inertes e tranquilas, já outras mais expansivas. E quando as usamos nos florais, passamos essa relação da planta com o meio ambiente para o corpo.”

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  • Quais as principais estratégias da terapia de florais para o ânimo? 

“Independente de qualquer situação, a natureza em si já melhora muito o ânimo e alto-astral. Ao tomar um floral para alguma doença do corpo, você consequentemente aumenta o astral ao curar essa doença. Não importa o que se toma, a alquimia floral vai trazer o ânimo de volta.”

Fitoterapia

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(Pixabay/Pexels)

Respostas de Daniel Alan Costa, professor de fitoterapia na Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da USP, naturopata e acupunturista especializado em Bases de Medicina Integrativa pelo Hospital Albert Einstein e diretor da Escola Brasileira de Naturopatia.

  • O que é?

“A fitoterapia utiliza as ervas (plantas medicinais) para produzir medicamentos fitoterápicos. Ela extrai os princípios ativos das plantas (e tenta deixá-los no estado mais próximo ao natural)  para garantir uma melhor qualidade de vida.”

  • Como ela é feita? 

“De várias maneiras, que incluem cápsulas ou chás, por exemplo. Assim como os remédios tradicionais, cada cliente necessita de uma dosagem específica. E suas vantagens envolvem o equilíbrio emocional, metabólico e físico. Pode ser usada como um tratamento exclusivo ou complementar ao convencional.”

  • Como ela pode melhorar a questão da energia?

O especialista fala de algumas plantas:

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Ginseng: “Sua cápsula é conhecida por ser um tônico para o organismo como um todo”;

Maca peruana: “Também em cápsula, a planta derivada dos Andes traz ânimo e tonifica os músculos”;

Tribulus terrestres: “As plantas adaptógenas fortalecem o corpo de uma maneira geral.”

Além delas, ele cita o pó de guaraná, o chá de alecrim, o gengibre e a cúrcuma. “É preciso evitar o consumo deles à noite, porque podem atrapalhar o sono. Hipertensos também devem prestar atenção no uso exagerado”. Daniel afirma que, apesar de alguns extratos serem conhecidas por trazerem mais vitalidade, vale consultar um especialista para indicar os melhores para você. “A falta de ânimo pode ter diversas causas (trabalhar demais, insônia, depressão) que devem ser tratadas de formas diferentes.”

Aromaterapia 

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Respostas de Cristiane Pagliuchi, osmóloga (especialista em aromas), pós-graduada em engenharia cosmética e especialista em óleos essenciais e aromaterapia. Diretora científica da WNF (World´s Natural Fragrances).

  • O que é?

A aromaterapia tem como base as fragrâncias (feitas em forma de óleos essenciais) com o intuito de melhorar o bem-estar físico e psicológico das pessoas.

  • Como ela é feita? 

“Os óleos essenciais atuam no corpo de duas formas: por meio do olfato e a própria permeação cutânea. Os dois modos atingem a parte mental e física do indivíduo. Uma ou duas gotas já são suficientes para um tratamento eficiente — para você ter uma ideia, uma gota de óleo equivale a 30 gramas da planta in natura, ou 20 xícaras de chá.”

  • Como ela pode melhorar a questão da energia?

“Nesse momento de angústia e ansiedade, o organismo produz em grandes quantidades um hormônio chamado cortisol: ele desequilibra nossos sistemas, não nos deixa dormir bem e aumenta os sentimentos negativos como a tristeza — desse modo, ficamos desmotivados e com a sensação de cansaço contínuo. Os óleos essenciais podem sim melhorar essa questão”.

  • Em quais óleos apostar para melhorar a energia? 

Lavanda francesa: “A lavanda francesa (mais que espécie a brasileira, é preciso prestar atenção) possui um grupo molecular principal (o estér linalina e alguns álcoois como o linalol) que se liga ao sistema nervoso central e relaxa, acalma e tranquiliza”;

Alecrim: “Está relacionado à ação, movimento e mudança — seus benefícios são potencializados quando ele é combinado com a menta. Age no sistema circulatório e também é um excelente detox (muito bom para inchaços, má circulação e dores nas pernas). Só deve ser evitado para quem sofre de pressão alta”;

Lemongrass: “Trabalha a criatividade e a memória e ajuda a tirar a pessoa da cama. Bom para quem tem pensamentos negativos e depressivos”;

Cítricos: “Todos os óleos essenciais cítricos são conhecidos por suas propriedades ‘alto-astral’. Você pode misturá-los: 1 gota de laranja doce + 1 gota de alecrim + 1 gota de lemongrass ou, no lugar da laranja, 1 gota de grapefruit ou 1 gota de bergamota.”

  • Como usar? 

Na banheira: Uma ou duas gotinhas durante o banho de banheira são ideais;

No creme: 2 colheres de sopa de hidratante corporal neutro + duas gotas do óleo;

No difusor: Existem vários tipos no mercado. O difusor à base de vela, por exemplo, desperta o óleo essencial por meio da queima da cera. Já o ultrassônico, muito usado na Europa e Estados Unidos, utiliza frequências eletrônicas que vibram a água até que ela evapore, criando uma névoa fina de óleo essencial e água que se dispersa no ar;

No óleo vegetal: 3 a 4 ml de óleo vegetal (pode ser de jojoba, semente de uva, gérmen de trigo, girassol…) + 2 gotas de óleo essencial;

No snif: Sabe aquele objeto que lembra um batom, mas que serve para inalarmos quando estamos resfriados ou com o nariz entupido? Ele é vendido sem nenhum aroma dentro, o que permite que você crie seu próprio blend. “Eles vêm com feltro, e aí é só pingar algumas gotinhas e levar na bolsa.”

Cristiane Pagliuchi explica que, de todos os óleos essenciais citados acima, apenas a lavanda deve ser usada à noite, antes de dormir. Os outros aromas podem atrapalhar o sono e precisam ser utilizados pela manhã.

Cromoterapia

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(Cottonbro/Pexels)

Respostas de Daniel Alan Costa, professor de fitoterapia na Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da USP, naturopata e acupunturista especializado em Bases de Medicina Integrativa pelo Hospital Albert Einstein e diretor da Escola Brasileira de Naturopatia.

  • O que é?

“Basicamente a terapia através das cores. A cores emitem ondas eletromagnéticas com comprimento e movimentos específicos. E suas luzes são nada menos que pacotes de energia que interagem com nossas glândulas e células. É por isso que todas as vezes que nos expomos ao sol, sentimos mais ânimo — a estrela é a principal fonte de energia da Terra.”

  • Como ela é administrada? 

“Durante uma sessão de cromoterapia, o terapeuta avalia todos os chakras (centros energéticos) do paciente e identifica onde falta energia. O intuito é de ajustar o fluxo por meio das cores.”

  • Como podemos melhorar a nossa energia por meio da cromoterapia?

Daniel recomenda acrescentar mais laranja, amarelo e vermelho em objetos do dia a dia. Elas podem deixar você com um estado mais alegre e de animação. Além disso, vale apostar na água solarizada. “Coloque água em uma garrafa de vidro da cor desejada (pode ser vermelha, laranja ou amarela). Depois, deixe no sol por meia hora, e beba durante o dia.”

Reiki

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(Cottonbro/Pexels)

Respostas de Vinícius Bednarczuk de Oliveira, terapeuta holístico e mestre em Reiki. Doutor em Ciências Farmacêuticas e coordenador do curso de Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter.

  • O que é? 

“Uma prática de imposição de mãos. Com elas, conseguimos canalizar a energia vital e universal para restaurar equilíbrio físico, mental e emocional. O reiki tem origem japonesa, no ano de 1985.”

  • Como ele é feito? 

“Durante uma sessão, que dura em média uma hora, o paciente fica deitado ou sentado, o chamado ‘reikiano’ aproxima as mãos em determinadas regiões do corpo da pessoa — dependendo do chakra que precisa ser trabalhado — e realiza a transmissão da energia. Ela pode ser acompanhada de música, aromaterapia ou até cromoterapia.

Os nossos chakras (são 7 ao todo: coronário, laríngeo, cardíaco, umbilical, sacro e básico. Cada um controla diversas glândulas e sistemas espalhados pelo corpo), ao longo da vida, acabam ficando desregulados. O objetivo da prática é restabelecer o fluxo energético.”

  • Como praticar o Reiki durante a quarentena e melhorar a energia?

Como a prática depende da aproximação entre duas pessoas, Vinícius explica que alguns conseguem realizar a sessão à distância. Para eles, os chackras que precisam ser trabalhados para melhorar a energia são o frontal e aquele ligado ao cérebro.

Para quem prefere o atendimento presencial, mas está impossibilitado por conta da pandemia, vale investir nos princípios do Reiki todos os dias, pela manhã e à noite:

“Escolha um lugar tranquilo para uma reflexão. Repita: ‘Hoje darei graças por todas as minhas bênçãos’, ‘Não me preocuparei’, ‘Não sentirei raiva’, ‘Farei meu trabalho honestamente’ e ‘Serei gentil comigo e com outras pessoas’. Tentar pensar e seguir esses princípios já é um bom começo para ter mais motivação.”

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