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Whey protein e outros suplementos ganham nova regulamentação pela Anvisa

Os produtos terão que seguir regras específicas para continuar no mercado. Entenda o que muda

Por Camila Junqueira, Gislene Pereira
Atualizado em 5 Maio 2023, 17h02 - Publicado em 18 jul 2018, 17h22

Já ficou confusa na hora de comparar e comprar suplementos alimentares? Ao que tudo indica, sua vida vai ficar mais fácil a partir de agora. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de criar uma nova regulamentação para esse tipo de produto, com regras de composição, qualidade e rotulagem – tudo para garantir que o consumidor utilize suplementos e vitaminas com segurança.

A determinação inclui uma lista de ingredientes permitidos, assim como limites mínimo e máximo de cada substância de acordo com o grupo populacional para o qual é indicado. Os suplementos alimentares trarão no rótulo a categoria “suplementos” e não mais “alimentos” ou “medicamentos”, como eram classificados anteriormente.

modelo tomando whey protein
(Getty Images/Getty Images)

No caso de produtos que contêm probióticos, as marcas terão que divulgar estudos científicos que comprovem a segurança e eficácia desses micro-organismos presentes na composição. A Anvisa também irá publicar uma lista de 189 alegações autorizadas, como “formação de músculos” e “redução do colesterol” – mas os fabricantes vão precisar comprovar os benefícios com pesquisas.

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As marcas terão até 5 anos para adaptar os produtos às novas regras e os suplementos que entram agora no mercado já devem ser vendidos devidamente regularizados. A intenção da agência é “reduzir a assimetria de informações existente nesse mercado” para assegurar que as pessoas não tenham dúvidas na hora de comprar whey protein, vitaminas e cápsulas de ômega-3, entre outras substâncias.

Benefícios para o consumidor

As novas regras trazem inúmeros benefícios ao consumidor, que vai entender melhor o que está na composição dos suplementos. “A maioria das pessoas não consegue interpretar a finalidade, a dose recomendada e nem mesmo se precisa daquele produto. Mas, por se tratar de um suplemento, ela acha que vai fazer bem”, explica Lucas Penchel, nutrólogo de Belo Horizonte. Como muitos tomam whey protein e vitaminas sem prescrição médica, as informações no rótulo podem poupá-los de problemas de saúde causados pelo uso indevido.

Além disso, as novas normas evitam que os suplementos sofram adulterações – acredite: alguns itens contêm substâncias que não são descriminadas no rótulo. “Isso porque, até agora, havia pouca fiscalização“, diz Lucas. Com a regulamentação, o consumidor terá certeza do que está ingerindo.

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Consumo de suplementos no Brasil

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), pelo menos uma pessoa consome suplementos alimentares em mais de 50% das residências do Brasil. O mercado nacional desses produtos é um dos que mais crescem mundialmente, movimentando R$ 5,2 bilhões ao ano – daí a importância de regulamentá-los. “O objetivo principal é proteger a saúde do consumidor sem dificultar o desenvolvimento do setor produtivo, garantindo o acesso a produtos seguros e de alta qualidade”, declarou Tatiana Pires, presidente da ABIAD, em nota oficial.

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As regras trarão benefícios não só aos consumidores mas às próprias marcas, que ao comercializarem mercadorias seguras, aumentarão sua credibilidade. Fica a dica: redobre a atenção aos rótulos na hora de comprar esse tipo de produto!

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