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5 hábitos da vida moderna que provocam dor de cabeça e como evitá-los

O estilo contemporâneo criou novos gatilhos que provocam o incômodo. Mas ajudamos você a identificar cinco deles – e a se prevenir também!

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 10 abr 2018, 19h32 - Publicado em 10 abr 2018, 18h46

Você está sempre conectada nas mídias sociais? Costuma cobrar perfeição em tudo o que faz? Mora em uma cidade barulhenta? Se respondeu sim a alguma (ou todas) dessas perguntas, quer dizer que você pode ser a mais nova refém dos principais gatilhos que provocam dor de cabeça no mundo cotidiano, segundo a pesquisa O Futuro da Dor de Cabeça, realizada pela WGSN e encomendada pela Neosaldina. “Apesar de muita gente não perceber, a tecnologia tem um papel fundamental como desencadeador do incômodo”, diz a médica Célia Roesler, diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Abaixo, mostramos como evitar cinco hábitos que aumentam o desconforto.

1. A era da ansiedade

No Brasil, estima-se que 9,3% da população sofra de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso quer dizer que lideramos o ranking mundial no assunto. “Geralmente, essas pessoas vivem pensando no futuro de um modo quase sempre pessimista, como se temessem fracassar”, diz a psicóloga Juliane Peres Mercante. A ansiedade, inclusive, foi adicionada como patologia na 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM), uma espécie de enciclopédia da psiquiatria.

Essa angústia ainda causa interrupções no sono, compulsão alimentar e problemas de concentração. “Você também pode sentir falta de ar, suor em excesso e tensão muscular”, diz Célia – e , tudo isso, aumenta as chances de desenvolver dor de cabeça.

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Coloque em prática: E, como toda essa sensação de urgência é acentuada pela internet, o site internacional Time to Log Off ensina táticas para você se desconectar um pouco – experimente usar uma câmera digital em vez do celular para tirar fotos em viagens. Já o Dumb Phone, que vem se espalhando pela Europa e pelos Estados Unidos, não possui aplicativos e serve apenas para ligação e SMS. “Algumas vezes por dia, faça respirações profundas e um pouco de meditação, inclusive com técnicas de mindfulness”, orienta Juliane.

2. Esgotamento cerebral

Fato: as pessoas estão sempre online e a todo momento novas informações chegam aos nossos olhos e ouvidos. Essa sobrecarga acaba criando uma cultura de distração, na qual você tenta prestar atenção em tudo ao mesmo tempo, mas não consegue estar concentrada em nada, efetivamente. “As consequências são picos de stress e cansaço mental”, diz Célia.

A cobrança em cima das mulheres é ainda pior, já que precisamos ser supermães, superprofissionais e superfitness. “Dividir as tarefas com os colegas e o parceiro é fundamental para reduzir a ansiedade e, consequentemente, a possibilidade de desenvolver dor de cabeça”, diz Célia.

Coloque em prática: Quão difícil é responder um e-mail ou ler um livro sem ser interrompida por outra tarefa? Se quem a atrapalha são as mídias sociais, baixe o aplicativo Moment ou o Watermelon Sugar, que calculam quanto tempo você perde lendo fake news e atualizando seu feed (o segundo até cria um bichinho virtual que adoece conforme você perde hora nas redes).

3. A dor da pós-verdade

Com certeza você já escutou história de pessoas que deixaram de se falar por causa de discussões na internet. “Hoje, somos mais influenciados pelos sentimentos do que pelos fatos e tendemos a acreditar naquilo com o qual concordamos”, diz Luís, diretor da WGSN. Assim, as informações falsas e as opiniões extremistas ganham força, causando stress e suspeita – em 2017, o estudo global Edelman Trust Barometer revelou a maior queda já registrada na confiança em todas as instituições (empresas, governo, ONGs e mídia).

Coloque em prática: Para fugir da pós-verdade – termo escolhido como uma das palavras do ano pelo dicionário de Oxford –, certifique-se de onde vem a informação que você está lendo e fuja da bolha das mídias sociais (o Facebook, por exemplo, tende a mostrar apenas as opiniões que são parecidas com as suas).

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4. Autoexigência

Você acorda, abre o Instagram e vê que metade dos seus amigos já foi à academia. Os outros 50% parecem tão felizes que você se sente dentro de um comercial de margarina. “A cultura do perfeito não permite que a gente erre, o que gera uma falta de empatia com nós mesmos. Não há autocompaixão”, diz Juliane. Outra situação comum: a sensação de que precisa lotar a agenda com compromissos. “Sucesso e produtividade não deveriam estar associados com excesso de atividade e de trabalho, o que também aumenta os episódios de dor de cabeça.”

O problema é que a ansiedade e a frustração impulsionadas por essa autocobrança quase sempre acaba no garfo – e não só no exagero de chocolate e carboidrato. “As pessoas acham que se alimentar de forma saudável tem a ver com a imposição de seguir diversas restrições”, diz a nutricionista Marcia Daskal. “Na verdade, você precisa consumir o que gosta com equilíbrio. Se eliminar muitos nutrientes, o intestino terá um mau funcionamento, o que pode desencadear cefaleia.”

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Coloque em prática: Para não encanar, acompanhe movimentos que defendem a autoestima das mulheres, como o body neutrality e o body positive. Lá fora, temos as amigas australianas Georgia Gibbs e Kate Wasley (@any.body_co) e, aqui no Brasil, vale ficar de olho na blogueira braileira Carol Kerbidi (@garotasfdp). Ambas valorizam os diferentes corpos e incentivam a busca pela autoaceitação.

5. Barulho 2.0

Você pode não perceber, mas está rodeada de ruídos que aumentam sua cefaleia: buzinas, liquidificador, televisão, conversas altas… “A gente não consegue ficar em silêncio porque dá a sensação de solidão, como se não estivéssemos fazendo nada”, diz Célia. Mas vale o esforço porque as consequências podem ser ainda piores: na Europa, 3% dos ataques cardíacos fatais foram causados pela poluição sonora do trânsito, de acordo com a OMS.

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Coloque em prática: Reserve três minutos do seu dia para meditar (use o aplicativo Headspace) e troque o Netflix por um livro antes de dormir.

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